A vida de duas psicólogas que, perante a incapacidade de resolução das suas próprias crises narcísicas e existenciais, resolvem partilha-las.
quinta-feira, julho 19, 2007
Nicolau e Rudolfo
Nem sei por onde começar. O turbilhão de emoções é tão grande que o peito vai explodir. Se me oferecessem uma anestesiazinha geral era capaz de aceitar. Se bem que estou mais ou menos anestesiada.E f"#!$%&/&% também. Comigo própria. Por achar, ainda, que o Nicolau vem da Lapónia num trenó e tem uma rena chamada Rudolfo. Bem que eu hoje poderia ser uma rena. Ou uma cobra. Venenosa, de preferência. Aliás, mais ser rastejante do que o me sinto é, de todo, impossível.A expressão "o que não nos mata torna-nos mais fortes" não se aplica.De maneira nenhuma. Hoje é o dia do " o que não nos desgraça de vez e nos faz abrir os olhos, trucida-nos as entranhas lentamente". É verdade. Estou numa de auto comiseração. Mas também tenho direito. Estou sempre lá, para tudo e todos, para dizer umas piadas e fazer de palhaço da festa. E hoje??? Quem está cá para me fazer rir? No one... I am alone on the cross road. É isso. Que vai cá dentro. Parece que afinal fui eu quem levou com o TIR. E de frente. E ele vinha a uma velocidade vertiginosa. E depois, sou injusta. INJUSTA???? Injusta não. Mas camela e acefala, talvez. Sim, acefala é o termo certo. Descerebrada, may be. E parola. Afinal cheguei ontem da Lourinhã. Vim de expresso. Expressamente para a estupidez. Que é o mínimo. Também... era expectável, querida. Só tu é que não chegaste lá... E sim, continua com o Youtube aberto a ouvir musicol de fazer chorar as pedras da calçada e não, não tomes um Xanax 3000 mg, não te assoes e não limpes a cara que não é necessário. Continua assim. E vais ver que só custa a primeira. A seguir já é normal e até se torna necessário. E até vais gostar de ouvir a frase "não te quero fazer sofrer". Sim, porque ninguém gosta de ver os outros sofrerem. Ninguém mesmo. Só eu própria é que gosto. De me fazer sofrer. E de me sentar todos os anos na chaminé à espera do Santa Claus e da rena...Um dia, garantidamente, eles hão-de chegar.
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